quarta-feira, 1 de junho de 2016

2000 km completed! And 1000 km on batteries!


Esta semana, a Utopia conquistou dois importantes milestones a nível estatístico! Ultrapassou os 2000 km desde que foi restaurada...



... e desde que chegou à versão 1.0 (leia-se desde que é uma E-Bike), já ultrapassou os 1000Km, sem uma única falha mecânica ou elétrica!

Stats Maio 2016


Voltei a conseguir organizar a minha vida e as idas para o trabalho com a Utopia voltaram a ser minimamente regulares. Todos os parâmetros aumentaram em função do mês passado mas ainda não no ponto que pretendo (sempre acima dos 400km por mês). Será que é em Junho que lá chego?


Mês anterior:
Tempo: 10h15m
Distância: 200,7Km
Ganho de altitude: 1 745m
Número de voltas:23



Maio 2016:
Tempo: 15h43m
Distância: 336,1Km
Ganho de altitude: 3 498m
Número de voltas:37



Total 2016:
Tempo: 78h51m
Distância: 1 496,2Km
Ganho de altitude: 14 656m
Número de voltas: 192



Acumulado:
Tempo: 206h00m
Distância: 3 366,4Km
Ganho de altitude: 33 566m
Número de voltas:554

terça-feira, 31 de maio de 2016

Bike wine tour @ Quinta do Gradil


No passado dia 17 de Abril, realizou-se o 2º encontro Vinho sobre Rodas. Se o primeiro foi algo simples em que dois amantes destas vidas se juntaram numa prova cega seguida de uma pedalada nocturna, desta vez alguém decidiu fazê-lo por mim.

Há uns meses, o N.C. encontrou este evento e partilhou-o connosco. Escusado será dizer que decidimos seguir para a frente e marcar presença!
Fomos quatro, que são os suspeitos do costume... Todos estamos ligados a rodas e a vinhos de uma forma diferente... O N.C. é enólogo, o M.S. trabalha há anos com vinhos como especialista, o P.C. é um amante da arte biológica e eu sou "critico" vinícola. Sim, aspas porque até ter esse estatuto faltam-me uns anos, credibilidade e muito mais conhecimento...
O evento foi organizado pela Quinta do Gradil, responsável por fornecer os seus vinhos no repasto que precede a prova de 40km no meio das vinhas da quinta. E para ensopar o vinho que foi testado, estava o belo do porco no espeto...

Dos 40 km anunciados, a prova foi reduzida para 26 por questões de segurança. É importante referir que nos dias que antecederam a prova choveu torrencialmente e os trilhos estavam em más condições. Ok, nada que se compare ao martírio que foi a prova em Sobral de Monte Agraço mas mesmo assim a lama marcou presença de forma chata e constante...

Foi um evento interessante a nível de paisagem porque passamos pelas enormes cubas de inox e por várias vinhas.

A nível de classificação geral, fiquei em 58º lugar, num total de 96 participantes. No meu escalão (seniores), fiquei em 6º, num total de 8 (vá, podia ser pior :) ).

Fica o vídeo feito pelo P.C. da prova onde os restantes três intervenientes vão aparecendo e o vídeo oficial do evento publicado pela Quinta do Gradil.




sexta-feira, 27 de maio de 2016

Work @ Açores (São Miguel)


No passado mês de Abril, tive de ir uns dias aos Açores em trabalho para a realização de UAT's (User Acceptance Tests) sobre um projecto que andava a desenvolver. Mas por razões óbvias, não é disso que vou falar...
Os Açores são famosos pelos seus vinhos brancos e eu como "Continental" tenho alguma dificuldade em lhes ter acesso... Excepto em casas especializadas, nunca vi vinhos Açorianos à venda. Esta era a minha oportunidade de aumentar o meu conhecimento na área...

Para começar, seria óbvio que em todas as minhas refeições bebesse produtos regionais mas para minha grande surpresa, os restaurantes a que fui, a nível de tintos, nunca ofereceram escolha possível. Pelo pouco tempo que lá tive, optei por comer a bela carne da terra que posso dizer que faz jus à fama... Espectacular!

No primeiro jantar, no restaurante Boca de Cena em Ponta Delgada, a escolha foi o Vinha da Urze Reserva, da zona do Douro, ano 2013:

Como estava sozinho, foi bebido a copo e a garrafa aberta à minha frente. Não corri o risco de beber de uma garrafa "cansada" da qual todos os aromas já tivessem desaparecido.

Na segunda noite, fui acompanhado ao jantar por um amigo (deslocado em trabalho) à Associação Agrícola, restaurante sediado na Ribeira grande. Por ser um dos seus vinhos favoritos, a escolha caiu neste Cortes de Cima Syrah, Alentejano de 2013:
 


Mas então onde andam os regionais? É verdade que não bebi nenhum por lá mas não podia perder a oportunidade...
No ultimo dia, tive a possibilidade de visitar a loja do distribuidor de vinhos de São Miguel. Escolhi o local que me daria a maior escolha possível e que também me pudesse aconselhar, dado que sou um perfeito leigo nesta região. As escolhas (que levaram o peso da minha mala de porão ao limite) foram as seguintes:

Quinta da Jardinete - Barrica de Carvalho
Região: São Miguel - Açores
Ano: 2014
Tipo: Tin
to
Castas: Desconhecidas
Preço: 9,81€
Único tinto adquirido. Os vinhos açorianos são conhecidos pelos brancos mas tinha de ter uma comparação com os continentais para ver a diferença.








Quinta da Jardinete - Sauvignon Blanc e Fernão Pires
Região: São Miguel - Açores
Ano: 2014
Tipo: Branco
Castas: Sauvignon Blanc e Fernão Pires
Preço: 7,02€
Não conhecia mas como trouxe o tinto deles, queria mais uma vez comparar algo da mesma casa.









Frei Gigante
Região: Pico - Açores
Ano: 2015
Tipo: Branco
Castas: Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez
Preço: 8,67€
Também desconhecido. Nenhuma ideia do que será mas foi aconselhado pelo vendedor...









Terras de Lava
Região: Pico - Açores
Ano: 2014
Tipo: Branco
Castas: Arinto dos Açores, Fernão Pires, Generosa, Rio Grande e Seara Nova
Preço: 5,99€
Vinho açoriano mais conhecido. De todos os que comprei, este era o único que já conhecia e que vi em tempos à venda na minha zona. É também p que tem a maior produção e por isso um preço mais acessível.






Curral Atlântico - Verdelho Colheita Seleccionada
Região: Açores (sem informação ilha)
Ano: 2015
Tipo: Branco
Castas: Verdelho
Preço: 11€
Considerado pelo vendedor o melhor branco açoriano de 2015. Será? A amostra que consegui trazer não é grande mas se ficar em primeiro dos que tenho, cumprirá com a fama que lhe foi dada.







 
Embora à data de escrita deste post ainda não tenha bebido todos, dois deles já têm criticas no Vivino que pode ser consultado para mais detalhes.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Derreter travões


Desde que terminei a Utopia, as voltas para Lisboa têm sido constantes. Todos os dias lá me ponho eu a pé à hora habitual (seis da manhã), preparo as tralhas para o dia e pedalo rumo a Cascais e posteriormente para o Prior Velho.
A soma de quilómetros diários (e consequentemente semanais) aumentou drasticamente. Com cerca de 130km por semana, a Utopia leva um desgaste muito maior e precisa de ser revista com mais frequência. Até agora nada que não fosse expectável e previsível...

Na semana que passou, debaixo de chuva, quase a chegar à gare do oriente, reparei que o meu travão de trás estava a travar muito em baixo, com a manete encostada ao volante. Cinco km mais à frente, na descida final para entrar na rua do meu trabalho, encostou, encostou e travões nem vê-los! Desacelerou um bocadinho mas nada que fosse suficiente para me parar. Como já me tinha apercebido disso há uns minutos, consegui controlar a velocidade com o travão frontal, fazer a curva em segurança e parar a bike na garagem...

Com um olhar atento para os calços, percebi o culpado... Estavam gastos, cansados e a necessitar de reforma... Ao pensar no assunto, fez todo o sentido que estivessem assim. Ora façamos algumas contas:
Quando montei a versão 0.1 da Utopia, uma das coisas que fiz logo foi mudar os calços de travão. Fizeram comigo 1551,9 km. Depois, os calços que comprei, já tinham sido trocados (trás para a frente e frente para trás) quando passei para a versão 1.0. Desta forma podia gastar o máximo de cada par, visto que o de trás gasta-se sempre mais.
Estamos a falar de uma bicicleta em que ando maioritariamente acima dos 30km/h. Os calços de travão (v-brake) que tenho não estão propriamente preparados para este tipo de velocidade permanente. Claro que vou gasta-los mais rápido.
Para finalizar, os calços comprados na altura permitem substituir apenas a borracha, sendo o apoio o mesmo. Sai mais barato e torna a substituição muito mais simples.

Era inevitável que tinha de fazer alguma coisa pela minha segurança. Para conseguir voltar a casa, afinei o cabo via manete (felizmente ainda tinha todo o afinador para usar) e consegui ter travões suficientes para fazer a viagem de regresso de forma confortável.

No fim de semana, no qual já tinha planeado fazer uma limpeza (tem chovido bastante) e uma pequena revisão à Utopia, tive também de ir às compras porque os calços estavam bem para lá do que é aceitável!
Tinha a ideia de comprar as tais recargas e afinar os travões. Mas acabei por fazer outra coisa...
Travões de disco, principalmente hidráulicos, são a coisa mais eficiente do mundo. Mas para a Utopia não são possíveis de aplicar. O quadro não tem apoios para os colocar, muito menos espaço para os discos. Mas nada me impedia de colocar um novo kit de V-brake. Era um dos poucos componentes que ainda eram de origem e estavam a necessitar de reforma... As molas estavam tortas, cheias de ferrugem e tornavam as afinações sempre muito mais difíceis. Assim, em vez dos calços, comprei o sistema completo:

Kit V-Brake Decathlon (Link)

Os calços que trás não são os que mais me agradam mas sei que inevitavelmente terei de os mudar em breve. Eles vão derreter, tal como os anteriores bastante rápido. No entanto, até lá darão para o que necessito.

Esteticamente, ficaram muito melhor porque já não têm ferrugem, são pretos e possuem sistemas de afinação mais recentes, excelentes para as minhas inevitáveis trocas e acertos...

Travões frontais

Travões traseiros

Nota Final - Como este post foi publicado com cerca de dois meses de atraso, posso claramente afirmar que os calços novos (par traseiro) duraram uma semana. Para já, os da frente ainda sobrevivem mas não por muito mais tempo. Segui o que estava previsto e adquiri as recargas para os calços que tinha... A foto anterior já têm os calços novos :)

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Stats Abril


E depois de uma grande conquista, veio uma grande descida...
Abril foi o mês do caos no trabalho, mês em que fui aos Açores e mês em que o grande projeto pessoal que tenho em mãos não me largou por um bocadinho... Tempo escasso reflete-se em pouco tempo sobre rodas...
Basicamente isto é uma forma de dizer que estive muito mal este mês :(


Mês anterior:
Tempo: 29h54m
Distância: 625,6Km
Ganho de altitude: 5 830m
Número de voltas: 73


Abril 2016:
Tempo: 10h15m
Distância: 200,7Km
Ganho de altitude: 1 745m
Número de voltas:23


Total 2016:
Tempo: 63h08m
Distância: 1059,8Km
Ganho de altitude: 11 161m
Número de voltas: 155


Acumulado:
Tempo: 190h17m
Distância: 2637,5Km
Ganho de altitude: 30 068m
Número de voltas:517

sexta-feira, 29 de abril de 2016

10 Maio - Global Bike to Work!

Acabei de me juntar a Global Bike to Work Day na Strava. Também vais alinhar?
Tudo se resume ao dia 10 de Maio...

terça-feira, 19 de abril de 2016

Mercado de vinhos Cascais - 2º ano

 

Porque a experiência do ano passado foi boa, este ano é para repetir!
A data está definida e marcada na agenda. Esperam-se ao longo de Abril umas iniciativas interessantes, todas de seguida. Não vou parar quieto :S

Maratona Sobral de Monte Agraço - A prova

 

Pela primeira vez para o M.S. e para o Pai que iriam a um evento de bicicletas organizado. Eu tinha tido em Dezembro a experiência do Nocturno no Barreiro mas isso foi um passeio. Desta vez estamos a falar de uma prova. Embora fossemos para passear, é inevitável que pensemos na parte da competição. No meu ponto de vista, a competição é contra mim mesmo... E quais eram os objectivos?
  • Acabar a prova
  • Não haverem falhas mecânicas
  • Não haverem acidentes
  • Não ser o último na geral
  • Não ser o último no meu escalão
  • Mas mais disso abaixo...
A abertura do secretariado era às 7:30. Ora isto envolve chegar cedo, sair de casa cedo e acordar ainda mais cedo... O meu despertador tocou às 5:00. Por mais que me tenha custado levantar (estava a morrer de sono), a ideia de ir andar de bicicleta supera o peso nos olhos e as garras da minha almofada que não me queria deixar levantar...
Tudo preparado de véspera, tive apenas de por a Shorty no suporte, a Torah desmontada na mala e seguir ao encontro do M.S. com quem tínhamos encontro marcado às 6:30.
Vertex em cima do carro no outro suporte e seguimos viagem com destino a Sobral de Monte Agraço. A previsão meteorológica não era a melhor, com ameaças de chuva torrencial. Para não falar do que já tinha chovido nos últimos dias. Afastava de mim os pensamentos de lama extrema que em Monsanto me deram tantos problemas..
E lá esteve a chuva e nevoeiro a fazer-nos companhia durante o caminho mas decidiu ficar por lá. Ao chegar, estava frio (eram 7:45) mas sem chuva. Estacionamos, fomos buscar os dorsais e regressamos para preparar as máquinas.
Antes do inicio da prova, entramos para a nossa box de partida e ficamos bem para trás para não apanhar toda a confusão dos galifões que estão cheios de pica no inicio mas que ao final dos primeiros 5km já estão a morrer... Eu vou devagar do inicio ao fim, sem pressa de acabar porque não estou lá para competir.
Lá deu a partida e começamos a odisseia de 36,8km por trilhos de Sobral... Lama? Sim muita! Depois de 600 pessoas passarem nos singles do percurso, se já estava lamacento da chuva torrencial da madrugada, ficou muito pior. Mas pior a um nível que se torna ridículo!
Sempre que fazia um troço, tinha de parar para tirar 2 a 3 quilos de terra do quadro, pneus e de mim próprio. Por mais exagerado que possa soar, acho que estou a ser simpático... Lama, lama e mais lama! E claro que com isto vem o tempo a levar a bike pela mão pela falta de aderência, principalmente a subir... Os pneus ficavam com uma camada tal de lama que a aderência era zero!
Passamos mal, fartei-me de andar a pé e demorei mais de 4h a acabar os 35 km. É verdade que neste tempo inclui-se as paragens em abastecimentos, as esperas uns pelos outros, etc...

A nível de classificação, ficam os resultados:
  • Geral: 
    • Posição - 346
    • Total terminaram - 360
    • Total com desistências - 457
  • Escalão:
    • Posição - 45
    • Total terminaram - 47
    • Total com desistências - 68
Resultados oficiais em: http://maratonasma.weebly.com/classificaccedilotildees.html

Depois desta terminar, venha a próxima. Como referi em cima, o objectivo é superar-me e estar a fazer algo que gosto, acompanhado das pessoas que gosto!

NOTA - É verdade que tenho este post escrito há mais de uma mês... É verdade que nesta altura, para além deste, já fui a outro evento... Mas não há de ser nada... Mais vale tarde do que nunca :)

O suporte para o carro


Com a viagem para Peniche aí à porta e com a inscrição em vários eventos com bicicleta, começa a ser difícil transportar as bikes no carro. Como somos pelo menos três a alinhar nestas maluqueiras, o espaço é cada vez mais escasso...

Já tinha sondado uns preços há uns meses atrás e perdi logo a vontade... Estou a falar das barras que se colocam em cima do carro... Pela simples pesquisa que fiz, estávamos a falar de 300€ para as barras + 60€ para cada suporte de bicicleta... Isto quer dizer muito investimento para algo que não ia usar regularmente. Seria apenas para passeios com a Pikena ou eventos que tivesse de levar o carro.

Numa tarde, não sei bem porquê, lembrei-me de pesquisar por estes suportes em 2ª mão, em plataformas de classificados. À espera de encontrar tudo menos o que procurava, tropecei num anuncio (na primeira pesquisa, primeiro resultado), em que tínhamos o seguinte conjunto:
  • Barras para tejadilho
  • Dois suportes para bicicletas
  • Material original Fiat
  • Especifico para Stilo de três portas
Não queria acreditar... O meu carro não é muito comum. Existem muitos mas de cinco portas. Contactei o anunciante e marcamos encontro para o fim de semana.


Fui ao seu encontro, mostrou-me o que estava a vender e explicou-me o porquê (teve de vender o carro e as barras não dão para colocar noutro modelo). Estavam em excelente estado e davam perfeitamente para o que queria. O senhor explicou-me como se montavam e ajudou-me a pô-las no carro.

No fim, por 125€, consegui algo especifico para o meu modelo. Excelente!

No primeiro teste, com a Vertex do M.S., vi que teria de mexer no posicionamento dos apoios das rodas para que ficassem na posição correta. Para a dele, já está medido e ajustado. A Shorty foi a seguinte e ficou também impecável!

Mas como a minha fobia de "ver coisas a cair" é enorme, nada como arranjar mais uma bela de uma correia que segure (ainda melhor) as meninas. Elas são frágeis e quero que façam as viagens da forma mais confortável possível :)




quarta-feira, 6 de abril de 2016

Stats de Março 2016


Como era expectável, com o inicio de Março e o começo do uso contínuo da Utopia para ir para o trabalho, os totais dispararam. Neste mês, em que comemoro uma ano de andar novamente de bicicleta, supero todos os recordes que tinha!
Para além disso, pela primeira vez num ano, consegui completar um desafio do Strava!

Desafio no Strava

Mês anterior:
Tempo: 8h27m
Distância: 100,2Km
Ganho de altitude: 1753m
Número de voltas: 23


Março 2016:
Tempo: 29h54m
Distância: 625,6Km
Ganho de altitude: 5830m
Número de voltas: 73


Total 2016:
Tempo: 52h53m
Distância: 959,1Km
Ganho de altitude: 9416m
Número de voltas: 132


Acumulado:
Tempo: 180h02m
Distância: 2436,8Km
Ganho de altitude: 28 323m
Número de voltas: 494

Shorty - A nova aquisição



Apresento-vos a Shorty, nome com o qual a minha nova BTT foi baptizada.
É uma Scott Aspect 940 modelo de 2013, que foi comprada ao GRANDE Jojo! Grande por várias razões:
  • É alto
  • É um verdadeiro atleta e faz BTT de competição
  • Tem uma grande bike actualmente
  • Vendeu-me a antiga bicicleta que, segundo ele, "já não dava o que eu precisava, necessitava de algo que puxasse mais por mim. Além disso, era pequena para o meu tamanho..."
Características do bicho:
  • Quadro M em alumínio
  • Rodas 29
  • Sistema de transmissão Shimano Acera (desviador frontal e traseiro)
  • Travões hidráulicos Shimano
  • Suspensão frontal Suntour XT
  • Corrente Shimano HG53 (Acera)
No primeiro test-drive, muito antes de a apresentar, tive um acidente com um tronco que me destruiu a parte traseira da transmissão:





Como tal, fui forçado a fazer uma substituição que acabou por ser um upgrade:
  • Desviador traseiro Shimano Deore Shadow Caixa comprida (link):

  • Novo dropout (link):

Após umas marteladas valentes, o dropout que estava na bike no momento do acidente, conseguiu ir ao lugar. Irei guarda-lo para alguma emergência porque não me parece que vá aguentar muito tempo sob pressão.
E como uma coisa nunca vem só, tinha um raio a menos na roda de trás. Após conferência posterior com o Jojo, ele não se lembrava porque a bike esteve parada cerca de 5 meses.
Foi colocada numa loja especializada próxima de minha casa onde me trataram do assunto:
Para além destes percalços não programados, algumas alterações foram feitas para ficar do meu agrado:

Velocímetro - Igual ao que tinha na Trailrock. Como quando a roubaram o display não estava lá, levaram apenas o sensor sem fios e o íman da roda. Ainda não testei mas acredito que o antigo dê para usar... Se não der, ao menos fico com uma pilha extra, nem tudo foi perda :) LINK
Pedais - De origem com a Berg Vertex 50 que o M.S. comprou há uns tempos atrás, vieram estes pedais. Ele comprou pedais e sapatos de encaixe ao mesmo tempo que o meu desviador (compras em conjunto poupam-nos nos portes). Como eu precisava de uns porque o Jojo também os usa, o M.S. deu-me os que estavam na Vertex. E os que estavam na Shorty... Sem comentários :P Só mesmo para dizer que tinha pedais :) LINK

Porta bidons - Diferentes do que usava antes. A conselho do M.S. que também tem uns destes, adquiri dois. São de um plástico que mais parece borracha e que ao toque parece muito resistente. Mesmo de borracha é o sistema de fixação frontal. LINK



Bolsa traseira - Este é um daqueles casos em que tive de juntar peças de vários sítios para ter algo funcional. Para começar, a bolsa da Tailrock não estava montada no momento fatídico. Mas a mola de fixação sim porque nunca a tiro (aparafusada ao banco). O kit eléctrico da Utopia trazia uma bolsa do mesmo estilo e maior do que eu tinha anteriormente, com um ângulo diferente de fixação. Assim sendo, substituí a bolsa da Utopia, guardei-a e apenas aproveitei a mola de apoio para a Shorty. Como foram compradas ao mesmo tempo, do mesmo fabricante, pude usar a mola de uma para a outra.


Bolsa quadro frontal - Queria novamente ter um suporte para o telemóvel porque para além do Strava, às vezes também uso apps de GPS para orientação. Embora para a Utopia, suportes de volante sejam excelentes porque apenas ando em cidade, sem grandes aventuras, com a Shorty voltarei a por-me no mato com malabarismos que eventualmente me vão levar (novamente) ao chão. É verdade que nunca saiu do sitio ou se danificou por isso mas queria ter o telemóvel mais resguardado. Para não falar que ganho mais uma bolsa para levar tralha, o que é sempre bem vindo dada a minha aversão a andar de mochila sobre duas rodas... Está ainda a caminho de Hong Kong para minha casa. LINK



Fora a parte dos componentes, o primeiro test drive foi um sucesso! Estive algo receoso em adquirir uma bike com roda 29 por não ser tão boa para trilhos técnicos. Além disso, eu não sou muito alto e cada vez estou a passar para bicicletas maiores. Em altura é basicamente o mesmo mas é mais comprida.
É menos ágil a fazer caminhos mais apertados mas nada de muito relevante. Agora a subir e a direito... Nada a ver... Se já achava que as 27,5 eram muito diferentes no ritmo que se consegue impor, as 29 são ainda mais!
Como se isto não fosse suficiente, o seu peso total também é mais baixo, tornando tudo mais fácil.

Em suma, fui forçado a fazer um upgrade não previsto, numa altura em que não me dava jeito. Não desisti e fiquei melhor servido. O que não nos mata, torna-nos mais fortes. Menos de 48 horas depois do roubo da Trailrock, a Shorty estava comigo...
EU NÃO VOU PARAR!

Nota Final - Sim, este post vem com bastante atraso... Já a tenho há dois meses :$ Eu vou escrevendo os posts no telemóvel e regra geral ficam prontos a nível de texto. O problema é acrescentar as fotos. Para isso tenho de ir ao PC... E tempo, numa altura em que ando com um grande projecto (pessoal) em mãos, é difícil de ter...

terça-feira, 8 de março de 2016

A versão 1.0 da Utopia


Com a chegada do kit elétrico, estava em condições de finalizar a versão 1.0.
Tinha a ideia teórica de como o fazer mas na realidade nunca sequer tinha andado numa e-bike, quanto mais montar uma!
A minha principal preocupação nesta fase era garantir que tudo ficava o mais alinhado possível para evitar atritos nas rodas e manter o design da Utopia. O meu medo era ter fios pendurados por todo o lado depois do trabalho todo que tive em mantê-la bonita.


Comecei por retirar as duas rodas. A da frente porque o kit trás uma roda com o motor embutido e no qual preciso de montar o pneu. A de trás teve de ser tirada porque o cepo que a montou (leia-se eu) decidiu por o pneu no sentido contrário.
Ao montar a roda de trás novamente no sitio, já com a atenção de usar o sentido correto, passei para a frontal.


Voltas, voltas e mais voltas e ela não queria entrar. Com um olhar mais atento, era o garfo que estava estreito nos apoios do veio. Faz sentido porque foi pintada com algumas demãos de tinta e o veio da jante original é muito mais fino (saca rápido).
A resolução passou por usar um limatão (um género de lima para metal mas redonda) e comer a tinta que se acumulou nas fendas para o veio da roda.
Este veio possui umas particularidades interessantes. Nas extremidades, não é redondo mas sim oval. Isto permite que o encaixe no garfo seja o mais justo possível, dadas as forças adicionais que lhe serão aplicadas.
Embora já encaixasse bem e ficasse justo como se pretendia, ainda não estava funcional. Fiz trocas de anilhas de um lado para o outro mas ficava sempre algo a roçar em algum lado. Tive mesmo de colocar uma anilha adicional para servir de espaçador. As anilhas utilizadas são de 12mm.


Com a roda finalizada, tive de montar dois componentes no volante: Display de controlo e acelerador, um de cada lado, junto aos punhos. Por mais simples que esta tarefa seja, o grande desafio foi a arrumação...
A Utopia tem as manetes de mudanças e travões na mesma peça. Isto é impecável para BTT's mas não para uma e-bike. Como tenho tendência a ter as manetes inclinadas para baixo devido à posição em que ando, foi terrível conseguir encontrar um ângulo em que todos os componentes funcionassem, sem baterem uns nos outros. Adicionalmente, como o acelerador e controlador têm de ser os primeiros componentes a seguir aos punhos, o acesso a travões e principalmente mudanças ficou mais difícil. Não seria grave porque pelas contas e pelo que tinha investigado, deixaria quase de todo usar mudanças.



Bateria! O grande peso e pesadelo de uma e-bike. O meu modelo é feito para ser aparafusado diretamente ao quadro, no local do suporte para o bidon da água. Para o fazer, é necessário tirar a bateria do suporte, fixar o suporte e depois recolocar a bateria. A ideia deste método é permitir tirar a bateria deixando sempre o apoio na bicicleta, o que pode ser útil para carregá-la ou quando se deixa a bicicleta num parque público.


Ainda com todos os fios pendurados estava a faltar o cérebro da operação que seria responsável pela boa ou má gestão de cabos.
Acho que nunca o indiquei mas tenho alguma (grande!) pancada com a arrumação de cabos e fios. Em todos os projetos que faço que os envolvam, existe sempre uma boa parte do tempo em que fico a arrumar fios. Odeio que estejam desarrumados. Eu sei que é um sintoma OCD (Obsessive Compulsive Disorder) mas que no meu caso é apenas uma "paranoiazita".
O controlador: A caixa maravilha onde tudo liga e que completa o circuito. Antes de ter um local final para a por, liguei os componentes, libertei a roda e liguei o sistema...
Fez-se luz e tudo começou a funcionar à primeira! Levantei a roda no ar e pela primeira vez ia perceber o tipo de forças envolvidas e como os componentes reagiam sem peso. Comecei a acelerar devagar e a roda começou a girar. Acelerei mais um pouco e a velocidade aumentou bastante. Nesta altura marcava cerca de 25km/h. Decidi soltar o bicho e leva-lo ao máximo! Atingiu 43km/h!!
Eu tinha a ideia de que isto era normal e que quando tivesse o meu peso em cima, a resposta seria muito mais lenta e a sua força máxima seria reduzida drasticamente.

Altura então de arrumar os cabos e finalizar "o bicho".
Com o kit, é fornecida uma bolsa para colocar na parte traseira do espigão do selim para por o controlador e onde todos os fios deverão de ser encaminhados. Utiliza-la para esse fim obrigaria a que a maioria dos cabos atravessassem toda a bicicleta para chegarem à bolsa. Embora o seu comprimento seja mais do que suficiente para o efeito, não me parecia bem esteticamente. Ainda comprei um "mini alforge" para a parte frontal do quadro onde colocaria todos os fios... Mas isso obrigaria que o fio da bateria atravessasse a parte inferior do quadro... Também não era do meu agrado... Acabei por a devolver uns dias depois porque não lhe iria dar uso.
E depois lembrei-me da bolsa triangular que estava de momento na Torah, a passear com o meu Pai. Era essa a solução! Bastava que reforçasse a fixação ao quadro e lhe fizesse uns furos para os cabos entrarem.
Fui colocando a bolsa no sitio e simulava a entrada dos fios para garantir que tudo chegava e qual era a melhor localização para os furos. Acabei por fazer três distintos, em função do meu estudo de arrumação que estava a fazer em simultâneo. Um furo em cima na esquerda para os cabos do acelerador e display, um do lado direito para o cabo do motor e um final em baixo para o cabo da bateria.


Utilizei os velcros de fixação para dar um apoio final aos cabos e utilizei uma braçadeira plástica para garantir que a bolsa não saía do sitio. Fixei os cabos com mais braçadeiras plásticas, depois de os enrrolar na parte frontal, nas bichas de proteção dos travões.
Passei os cabos para dentro da bolsa, usando os buracos indicados, para que o excesso ficasse guardado dentro da bolsa.
Antes de os enrrolar, prendi o controlador a um dos elásticos, comecei a arrumar os fios e terminei as conexões. Neste caso, enganos não são possíveis porque cada ligação possui um terminal diferente, mesmo para que não haja enganos.

E ficou pronta a testar!
Levei-a à estrada para perceber o que era capaz de fazer...



Não há palavras para explicar... Aceleramos e ela anda sozinha :) 
Embora isso seja o expectável, quando o fiz pela primeira vez e senti a força que tinha, senti que tinha a missão cumprida, como se todos os problemas que tivesse tido nos dias anteriores tivessem desaparecido...
Passeei um bom bocado usando quase sempre os pedais para ajudar. Parecia que tinha o quadruplo da força ou que ia sempre em descidas. Fantástico!

Voltei a casa e ia deixar para breve o primeiro teste em Lisboa, depois de lhe montar os acessórios finais.
No final, 11 meses depois de ter pensado pela primeira vez em ir para Lisboa com uma E-Bike, a Utopia 1.0 era uma realidade!

Status final: