segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Porque depois da tempestade vem a bonanca


E será que era justo eu andar com tanta coisa sobre rodas e cenas e o camandro e depois acabava com tudo de um dia para o outro?

Antes que pensem que o dia das mentiras alterou a sua data, tudo o que disse no post anterior é verdade! A Torah já não me pertence. No entanto, irei continuar a vê-la todos os dias :)

Então mas que raio de confusão é esta??!! Vamos lá iniciar os esclarecimentos: 

Quando estive de férias, pensei bastante em como seria a forma mais eficiente de alocação de recursos (leia-se bicicletas) para as necessidades que tenho. Já se tinha tornado claro que apenas uma bike não era o suficiente para satisfazer as minhas necessidades urbanas e de offroad (daí existirem os Projectos Offroad e E-Torah). Isto já tinha dito antes portanto não é novidade. Então o quê que mudou?

Este fim de semana, mais precisamente no sábado, fartei-me de esperar. Estava na altura de fazer o upgrade e por em curso o projecto Offroad...

Portanto (soem os tambores...), ei-la:


Esta é a Trailrock 50, a minha aposta para o projecto Offroad. De toda a pesquisa que fiz e dentro do budget que tinha, foi a melhor opção. Comprei-a nova, na Sport Zone (link).

Algumas das razões para a minha escolha:

  • Travões hidráulicos: Se há coisa onde a diferença é notória, é no momento da travagem. Tanto para estrada como para terra, a resposta é genial. Precisos e eficientes!
  • Suspensão mais longa: Novamente, entre a nova e a antiga a única semelhança é ambas serem suspensões. Tudo o resto é pura coincidência.
  • Roda 27,5: Depois de ter experimentado uma bicicleta com a roda maior, notei a diferença tanto em velocidade como em esforço despendido. 29 não seria uma hipótese porque sou baixinho :)
  • Peso: No total, pesa 14.2 kg, bem menos que a antiga Torah. A passar portões e correntes com ela às costas, toda a redução é bem vinda!
  • Preço: De todas as que vi, sem dúvida nenhuma que tem uma excelente relação qualidade preço. Claro que há melhores, mais caras e mais bonitas mas tinha de ter em conta o tipo de utilização que iria ter. Não sou nenhum profissional e por isso não se justifica ter algo de nivel superior em função de preços astronómicos.

Um pouco de slide show :)








O senhor muito simpático da loja (not), que entendia mesmo muito do assunto (not), fez o favor de a afinar toda e mais valia te-la deixado quieta porque não havia um único parafuso apertado decentemente nem uma mudança que entrasse correctamente. Quando cheguei a casa, lá fui eu pô-la no ponto...

sábado, 29 de agosto de 2015

O adeus...


Embora sempre soubesse que o dia viria, por mais que saiba que é melhor assim, por mais que diga que não, custa sempre...




Hoje, Sábado, dia 28 de Agosto de 2015, despeço-me de ti, com alguma tristeza mas com muito orgulho!











Tenho a agradecer-te o apoio, o estares sempre comigo, nunca me teres deixado mal, nunca teres tido um furo e por me teres carregado ás costas todo este tempo...









Agradeço-te pelos 671,7 km que fizemos juntos (sim, sei a este nível porque sempre tive o cuidado de os marcar com o Strava).












Foste uma excelente companhia, embora "rezingoza" algumas vezes mas nunca deixaste de puxar por mim. Tratei-te com todo o carinho que me foi possível e mesmo estando a preparar o meu casamento, nunca deixei de te dar atenção.










Pelo nosso trajecto juntos, tiveste alguns problemas de saúde que, felizmente foram bem tratados e tenho a consciência tranquila de que fiz tudo o que podia por ti.












Ultrapassamos juntos muitos obstáculos, desde subidas íngremes a dias inteiros de chuva, de ciclovias em Lisboa a passeios nocturnos por Sintra.











Mas este dia era inevitável.... Faço-o de cabeça erguida e tranquilo de que fomos o melhor possível um para o outro. Sei que será diferente daqui para a frente mas que terás sempre um lugar na minha memória (e do Strava também)...Sei que vais para um sitio melhor, onde serás igualmente bem tratada, por alguém que te irá estimar muito.


Por isto tudo, muito obrigado! Adeus... Foi um prazer pedalar contigo!

Entrego-te como te recebi, sem apetrechos e sem ar citadino. Mereces essa última honra!


DISCLAIMER: Apenas para garantir que não firo susceptibilidades, não! Isto não é uma carta de amor ou algo assim! É apenas a minha forma de me exprimir que pode soar parva ou ridícula. Tenho o mau hábito de personificar todos os meus veículos e a Torah não seria uma excepção. Por essa razão, achei que seria adequado fazer um post sobre o último dia que estivemos juntos :)

NOTA: Aproveito este post para dizer que o projeto E-Torah também já não se poderá realizar.

De volta ao ciclismo urbano


Duas semanas depois de voltar ao trabalho, a rotina começa a ser algo de normal e não o sacrifício dos primeiros dias. Quando o despertador toca já não achamos que o demónio está a bater-nos à porta e as viagens de comboio já não são o local de combater os nossos pensamentos sobre "tão bom que era começar as férias hoje..."
Embora estar sem as preocupações do trabalho na cabeça, a rotina diária de voltar ao emprego tem as suas coisas boas. Não digo com isto que me importava novamente de estar de férias, não me interpretem mal :)

E porquê este desabafo? Achei que era uma forma interessante de enquadramento para um episódio que ocorreu... onde? No trabalho claro está! (eu e a minha mania de escrever como se alguém me estivesse a responder :P)

Na segunda semana de trabalho, já me sentia mais desenferrujado e andei todos os dias na Torah. Dois deles fui para LX, os outros três para a estação de CSC.
NOTA - Foi a primeira vez que fiz uma semana completa (dias úteis) a ir de bike. Devo acrescentar também que no Domingo anterior tinha andado com o pessoal do costume na serra. Contas feitas, são 6 dias consecutivos!

Na terça, primeiro dia que levei a Torah para LX, na ida habitual aos balneários para trocar de roupa antes do meu regresso a casa, encontrei um senhor lá que também tinha o capacete e a garrafinha de água habitual de quem pedala. Não sei bem como a conversa começou (algo sobre ficarmos sem ligação à net no escritório), mas disse a certa altura: "É bom ver que não estou sozinho..."
E ele contou-me a história sobre estar de bicicleta. Por tópicos é algo assim:
  • Queria fazer exercício mas não achava particular piada a correr;
  • Estava farto das infames e constantes greves do metro;
  • A esposa e o filho tinham bikes novas, ele ficou com a antiga da esposa e decidiu dar-lhe uso;
  • Poupança monetária ao final de um ano (não comprando o passe) que lhe permitia comprar uma bike melhor;
  • Bem estar.
Ao ouvir isto, foi-me impossível não me identificar com a história. Embora com algumas diferenças, o que nos motivava era o mesmo!
Ele esperou que eu terminasse de me equipar e seguimos os dois até ao parque onde tínhamos as nossas princesas de ferro (para outro poderão ser de carbono mas nós ainda não chegamos a esse ponto).
Quando vi a bike dele, ainda mais me identifiquei! Tal como eu, tem uma bike básica, sem nada de peças espectaculares que a façam voar ou bater recordes de velocidade. Apenas uma simples e singela BTT que nunca nos deixa mal e nos leva a todo o lado! Cada um seguiu o seu caminho. Eu fui com o sorriso na cara de ter encontrado alguém que, tal como eu, começou do zero, sem medos e arriscou em atirar-se para esta vida de duas rodas.

Dois dias depois, no segundo dia que levei a Torah para LX, no momento de voltar para casa, novamente no balneário, lá estava novamente o senhor, a equipar-se para pedalar após mais um dia de trabalho. Cumprimentou-me e logo lhe perguntei:
"Afinal de contas estivemos a falar um bom bocado e nem nos apresentamos...". E ele respondeu: "É verdade. O meu nome é J!"
"Ah é?! Então de certeza que és boa pessoa!", disse eu animado por saber que tínhamos o mesmo nome :)
Falamos mais um bom bocado, trocamos algumas informações sobre as nossas áreas de actuação na empresa e sobre os progressos que ele tinha feito nos últimos dias:
"Já noto alguma diferença. O primeiro dia é o pior, depois disso, o tempo que demoro tem reduzido. E dá-me gozo fazer isto!"
Para quê dizer mais... Está tudo dito!

Acredito que nos vamos encontrar muitas mais vezes. E este foi apenas mais um conhecimento que travei. É impressionante ver a facilidade que as duas rodas têm para que completos estranhos comecem a falar do nada...

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Stats de Julho


Julho, o mês do meu casamento, das férias e da lua de mel... Enquanto que estas coisas são fantásticas, as contas complicaram-se...

Mês anterior:
Tempo: 14h10m
Distância: 208,3Km
Ganho de altitude: 2636m
Número de voltas: 28


Julho 2015:
Tempo: 2h24m
Distância: 23,7Km
Ganho de altitude: 589m
Número de voltas: 1


Acumulado 2015:
Tempo: 35h19m
Distância: 545,7Km
Ganho de altitude: 5605m
Número de voltas: 82



Ao fecho do mês, ao contrário do que esperava, ainda estou à frente do P.C. no distance challenge. Decerto que não será assim por muito tempo porque estive um mês inteiro sem pedalar enquanto ele, como bom adversário, passou as férias a andar:

Distance Challenge:
Eu: 545,7Km
Ele: 533,5Km
Diferencial: +12,2Km


Tenho de me por a mexer rapidamente se quero recuperar...