Desde os primórdios da raça humana (se formos sinceros em qualquer raça), a competição é algo que está na nossa forma mais primitiva. Faz parte do processo evolutivo!
- Várias árvores competem entre si para serem mais altas para terem acesso à luz do sol. Vê-se o mesmo por acesso à água...
- A maioria das espécies animais lutam para proliferar os seus genes (obter a melhor ou o maior número de fêmeas).
- Os humanos fazem-no por ambição ou simplesmente por desporto.
No entanto não estou aqui para explicar nenhuma destas razões ou os seus problemas. Todos nós sabemos os efeitos nefastos de competição, aos mais variados níveis, na sociedade moderna. Poderia por-me a dissertar sobre o assunto (interessa-me bastante) mas isso seria offtopic.
A competição, quando usada correctamente, pode (e deve) trazer consequências positivas. E é destas que pretendo escrever.
Vamos então recuar um pouco no tempo...
O grande impulsionador deste blog, como indiquei no primeiro e derradeiro post, foi o meu colega de trabalho P.C.. Como desportista nato e efeito viral que falei também, conseguiu convencer-me - ou mais precisamente convencer que eu me convencesse - a por a bike no meu dia-a-dia como forma de mobilidade urbana.
Os dias, semanas e meses foram passando. Todos os dias, de uma forma ou de outra, falamos em pedaladas, bikes, upgrades, legislação de trânsito, etc e tal (os nossos outros colegas decerto que nos acham uma grande seca).
Uma das coisas que defini comigo mesmo, eram os objectivos a atingir até ao fim de 2015:
- Fazer 1200 km a pedalar
- Fazer mais km do que ele
Ora aqui está... A competição apareceu de forma natural e inocente mas estava lá. Lembro-me de ele dizer duas coisas:
- 1200 km é ambicioso
- Não sei se consegues passar-me em km
No inicio, quando comecei a pedalar, ele ia mais ou menos com 350 km, marcados desde o inicio do ano.
De volta ao tempo actual:
Dia 18 de Junho de 2015, atingi - muito mais rápido do que imaginava - um dos objectivos! Passei para a frente em número de quilómetros totais. Fiz questão de deixar esse facto para o meu dia da curiosidade (algo que eu e a minha equipa no trabalho fazemos todos os dias. Um de nós é responsável por partilhar com o resto da equipa um facto interessante).
A reacção foi priceless! Não queria acreditar, sentia-se "ultrajado". Eu, para piorar, gozei com a situação e indiquei que era uma vergonha para ele ficar atrás, principalmente em tão pouco tempo.
Claro que a reacção veio logo! "Quando vais de férias? Quando é que vais deixar de vir para o trabalho para ultrapassar esses quilómetros?"
É evidente que ambos estamos na brincadeira e nada para além de ouvirmos o gozo do resto da equipa está em jogo. A ideia é, e sempre foi, puxarmos um pelo outro.
E aqui está a competição a ser usada no seu modo mais eficiente! Nada está em disputa a não ser a nossa vontade de nos superarmos porque no fundo, mais do que "ficarmos à frente", queremos que cada um de nós dê o seu máximo e que chegue o mais longe possível.
Para provar que não estou a fazer batotas, a partir de Junho, vou por duas informações adicionais nas stats: Número de km para atingir os 1200 e o diferencial de km entre mim e o P.C.
It's on!!
P.S.: Criei este post a pedido de "algumas famílias". Disseram para fazê-lo no Facebook mas achei que era bem mais interessante pô-lo aqui. É certo que não dá para "taggar" as pessoas em causa mas decerto que quando lerem isto, saberão que me estou a referir a elas :)
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