terça-feira, 29 de setembro de 2015

Uma viagem até um recanto de Portugal


Pelo menos uma vez por ano, a Pikena, os meus Sogros e eu metemo-nos no carro e seguimos viagem até uma aldeia no Norte, algures entre Oliveira de Frades e São Pedro do Sul. São três horas (efectivas) de viagem e decidimos que arrancaríamos às 6:00 de Sábado. Eu prefiro conduzir de noite, mesmo que isso pressuponha que seja o único acordado no carro.
Terra natal do meu Sogro (doravante D.), Covelas é uma pequena aldeia, perdida na serra de São Macário, onde costumes antigos não se alteraram com o passar dos anos. O mesmo não se pode dizer das pessoas... Com as novas gerações, uma aldeia que tinha mais crianças do que o resto das povoações circundantes, encontra-se envelhecida, entregue ao abandono e à emigração. Enquanto em Agosto a sua população aumenta umas 10 vezes, devido aos filhos que voltam de França, Suíça e Canadá, no resto dos meses, ficam nas terras cerca de 30 pessoas.







Com esta visita de médico, surgiu uma oportunidade única para mim, à qual nunca tinha assistido, muito menos participado.
Estamos em plena época das vindimas e muitas das pessoas que se mudaram para a cidade, retornam para a sua anual produção de vinho caseiro.
Por toda a aldeia se vê as vinhas já podadas, a azafama de que anda a vindimar e o planeamento de quem ainda a vai fazer.
Esta zona do país é conhecida pela produção de um género de vinho que é apenas legal para consumo particular. O morangueiro, proibido desde 1995, pode tanto ser muito bom como muito horrível. De grau mais baixo e de uma acidez extremamente elevada, é composto principalmente pela uva morangueira:


Esta é muito doce, pequena e extremamente escura. O resto das castas utilizadas depende dos terrenos de cada herdade, onde as vinhas crescem livremente, sem regra nem horário. Um desses exemplos é o Arinto.

Nas habituais visitas à família, o meu Sogro, sabendo da minha paixão por vinhos, apresenta-me as pessoas, os seus costumes e as suas caves. Claro que com a amabilidade das pessoas da aldeia, se fosse sozinho, também me convidariam para conhecer as suas terras e os seus processos de fabrico, acompanhado de vinho e bons petiscos.






Numa saída para comprar um tubo que estava furado, saí com o D. e a Pikena ficou a falar com as vizinhas que andavam a vindimar. Até ao meu regresso, já tinha combinado com as senhoras que eu e ela iríamos ajudar na pisa da uva.
Umas horas depois, juntamo-nos todos no lagar do Sr. J. e da Sra. M.




Foi algo muito diferente do que alguma vez imaginei! Sabia que seria exigente para as pernas mas nada me podia preparar para o que realmente é! Foram cerca de 45 minutos até atingirmos o ponto que se pretendia.


O facto de a Pikena estar comigo (e ter sido ela a tornar isto possível) faz com que tenha sido ainda mais especial. Pela primeira vez, consegui partilhar a minha paixão por vinhos com ela, mesmo não sendo a beber (isso nunca irá acontecer porque ela odeia vinho).

No processo, passei o tempo a falar com o Sr.J que me foi ensinado como fazia o vinho, da mesma forma que o seu pai fazia e da mesma forma que o seu avô faria antes. O processo pouco se alterou com os anos.
Na aldeia, a maioria das pessoas já transitou para as cubas de inox. Embora todos tenham as pipas de madeira nas caves, a sua manutenção é mais complicada. O Sr.J manteve-se fiel até hoje com o processo tradicional.

Outra das coisas que ocorreu durante a pisa, foi a prova do sumo, directamente do lagar. É com este, antes de fermentar, que é feita a Jeropiga.

No final, para além do coração cheio de ter participado numa experiência tão endoidecedora, tive direito a um garrafão de vinho da colheita anterior que, segundo casal, foi das melhores até agora. 
Uma porção de sumo de uva pré-fermentação também me foi entregue, para a cortar com aguardente e fazer Jeropiga. Darei feedback de ambos posteriormente.



Mais informação sobre o vinho morangueiro poderá ser consultada no seguinte LINK.

Picnic sobre rodas


O J, apresentado há uns posts atrás, decidiu juntar algum do pessoal que pedala na empresa para se encontrar na sexta, dia 25 de Setembro. O encontro pressupunha levar almoço volante para irmos até um qualquer jardim na parte norte do Parque das Nações e fazermos um picnic.
Acabamos por ser 9. Embora alguns tivessem de sair mais cedo para comparecer em reuniões, ainda passamos uma boa hora e meia a trocar impressões e experiências em duas rodas.
Consegui rapidamente perceber que sou um novato e leigo nestas andanças. Quase todos praticam regularmente alguma actividade em duas rodas, quer seja estrada ou BTT.
Mesmo estando todos com modelos/marcas muito superiores ao que eu tenho, todos acharam piada à Utopia que marcou presença.

Bela iniciativa que tem todo o potencial para se repetir!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Bike to work day

18 de Setembro foi o dia do Bike to Work. Esta é uma iniciativa anual, organizada pela E-Lisboa, inserida na semana da mobilidade.
Estava eu na empresa há muito pouco tenpo quando ocorreu no ano anterior e não participei. Estr ano, dadas as minhas altereções em estilo de vida, não poderia faltar!
A todos os que se inscreveram, foi dada uma T-Shirt e dois identificadores do evento, que deveriam ser colocados na bicicleta para indicar que fazíamos parte da iniciativa.

Acabadinho de chegar a Lisboa... Como nesta altura a Utopia ainda não estava pronta, levei a Trailrock. O que tive de garantir é que não levava mochila (pelas razões que diversas vezes referi).

O momento do encontro foi às 14. Todos os inscritos deveriam levar as suas respectivas meninas de duas rodas, vestir a T-Shirt e esperar pelo "recuerdo".

Embora a parte óbvia deste evento seja a promoção da bicicleta como meio de transporte para o emprego, existem prémios a atribuir. Há dois anos que a minha empresa ganha na categoria de +50 colaboradores. Vamos a ver se este ano conseguimos o terceiro...

Para votarem, segue aqui o LINK para o efeito. As votações terminam a 6 de Outubro, às 11:30.

Para mais informações sobre a E-Lisboa ou o evento, consultar os seguintes links:

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

900K completos!


Hoje é dia de celebração! Consegui atingir mais um grande milestone nas minhas pedaladas!

Ultrapassei os 900 quilómetros!


Agora apenas faltam 300 para atingir o meu objetivo anual -> Chegar aos 1200 quilómetros...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A versão 1.0 está completa


Com a finalização da Utopia, a Trailrock ficou também pronta!
Embora inicialmente tivesse planeado que apenas iria tirar o porta-bagagens, acabei por realizar mais três intervenções:

Rework do suporte para o telemóvel - Há uns tempos tinha falado que o suporte tinha cedido com a pressão das porcas de aperto. Como estava com a mão na massa, estava na altura de tratar do assunto.
Desmontei todo o sistema, adaptei duas anilhas para que ficassem quadradas, acrescentei duas porcas novas, montei tudo no sitio e ficou como novo!


Conta quilómetros - Embora use o Stava em todas as minhas pedaladas, este não me dá a velocidade em tempo real. Como devolvi uma unidade cada um dos kits de cabos para a Utopia (cada kit trazia dois cabos e não um como fazia sentido), aproveitei para adquirir um velocímetro sem fios. Não pretendia nada mais do que algo que me desse a velocidade instantânea e as horas. Mais que isso o Strava consegue dar-me.
Estava em promoção e por isso valeu comprar esta versão (com fio, eram menos 2€). LINK


Uma nova bolsa - Por indicação do cunhado, o Lidl estava com artigos de bicicleta disponíveis por tempo limitado. Decidi avriguar porque os artigos sazonais que costumam ter são de excelente qualidade. Existiam dois modelos, ambos com um kit de ferramentas que me faria falta para a Utopia. Para além disto, o sistema é de fixação rápida e não de velcro como tinha antes.
A bolsa que ficou na Trailrock é o modelo maior que é extensível para ficar com mais espaço de carga. Melhor? Só o preço!

domingo, 20 de setembro de 2015

Status Utopia 0.1 - COMPLETE!


Após uma semana conturbada com muitos aniversários, jantares com família e amigos, finalmente consegui terminar a montagem da Utopia! É oficial que a versão 0.1 está totalmente finalizada!









Como acontece com todos os projectos que realizo, com a conclusão vem o alívio, o orgulho, a sensação de dever terminado. No entanto, o facto de ter terminado (esta versão) deixa uma certa nostalgia e a pena de ter acabado porque por mais stress que isso me traga, eu gosto de trabalhar assim. Tenho de me sentir com mil e uma tarefas para me "sentir vivo"...

Hei de falar dos mil e um problemas que a montagem me trouxe... Mas não hoje... Hoje é dia de dizer, finalmente, ACABOU!

Segunda-feira, irá conhecer Lisboa e eu conhecer o seu comportamento numa viagem um pouco mais longa...

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quando pensava que estava tudo...


Pensava eu que tinha terminado todas as intervenções na Utopia...
Pois é! Tal e qual um projecto de IT, quando chega a parte dos testes com o cliente, decide tudo parar de funcionar. Mas comecemos pelo inicio...
Depois de um Sábado inteiro a montar componentes, afinar travões, testar mudanças e maravilhar-me com a minha criação, estava na altura de a levar num pequeno passeio para verificar se tudo estava OK e que pequenos ajustes teria de fazer (posição do banco, travões, mudanças,etc).
Como todos os test drive que faço, o percurso seriam uns míseros 1000m: casa - bomba gasolina - casa. O meu Pai decidiu acompanhar-me para um café e revermos a pressão dos pneus da Torah.


Tudo parecia bem até dar a primeira pedalada mais forte, numa pequena subida a 50m de casa. Ouço um enorme "CLACK" da corrente, a pedaleira roda violentamente para a frente, ao ponto de ter de levar o pé ao chão sob pena de ir dizer olá ao asfalto se não o fizesse. O primeiro instinto que tive disse: "Raio da corrente saltou... Tenho de afinar os limites da 1 e da 7...". Olhei rapidamente para a corrente e afinal ela estava no sitio, impávida e serena como se nunca se tivesse passado nada. Voltei a pedalar e estava tudo ok... Ou não... Já noutra mudança, quando apanhei outra pequena subida, agora numa rotunda, aconteceu o mesmo. Não tirei os pés dos pedais e decidi insistir. Mais um, dois, três "CLACK'S", cada um mais forte do que o outro, com a corrente sempre no seu lugar
Desta vez, percebi que não era um acaso e que algo não estava bem. Pensei que tivesse as mudanças mal afinadas e/ou o desviador torcido.
Fiz o resto do caminho na calma, sem pedaladas fortes, o que me permitiu chegar à bomba, rever a pressão dos pneus e voltar a casa sem mais percalços.

A Utopia foi novamente para a bancada para revisão das afinações. Uma ligeira alteração na tensão dos cabos tornou as alterações das mudanças traseiras mais suaves e teria (supostamente) o problema resolvido...


Resultado: Exactamente igual ao primeiro. Barulhos, saltos e desequilíbrios sempre que aplicava mais força no bicho. Decidi voltar para casa, frustrado por não estar OK e iria pesquisar sobre o problema assim que possível...
Dois dias depois, finalmente tive tempo para pesquisar sobre o problema e - para não variar - o tio Google tinha a resposta.
Bem podia andar a tentar resolver o problema que nunca iria conseguir. Os saltos que a corrente está a dar são conhecidos como "Chupão" e são um sintoma totalmente normal quando se troca a corrente. As suas razões podem ser as seguintes:

  • Elo de ligação da corrente mal apertado, largo ou na posição errada
  • Corrente penrra em alguns elos e não conseguir movimentar-se livremente
  • Substituição da corrente sem troca da cassete
  • Substituição da cassete sem troca da corrente
  • Empeno do dropout
  • Empeno do desviador traseiro
  • Falta de força na mola do desviador traseiro
  • Etc e tal

Embora a maioria das pessoas apontasse os pontos 3 e 4 como principais culpados, não queria acreditar porque tinha posto à 3 meses uma corrente nova na Torah, não mudei a cassete e nunca tive estes problemas.
Depois de jantar, fui percorrer a lista de causas para resolver o problema. Não tinha grandes esperanças mas valia a pena tentar. Hora do test drive 3...


SUCESSO!!!!

Acreditaram? Fizeram mal... Estava na mesma. CLACK'S e mais estalos e saltos... Voltei para casa para pesquisar mais coisas... Desta vez fui ao outro tio que também costuma dar bons conselhos: O Youtube.
Vi uns vídeos de como trocar a cassete da forma correta (e não à bruta como provavelmente iria fazer) e em todos eles falava da necessidade quase certa (salvo algumas excepções) de trocar a corrente e cassete no mesmo momento. Todos indicavam os tais estalos e saltos que estava a ter caso não o fizéssemos.

Dúvidas postas de parte, a explicação para este fenómeno é algo que nunca tinha imaginado:
A cassete e a corrente sofrem desgaste de forma complementar, tornando-se um par que "acama" e apenas funciona em conjunto.
Com a Torah, tive muita sorte mas na realidade é normal. A Torah fez 300 e tal km nas minhas mãos quando fui obrigado a trocar a corrente. Antes disso, nas mãos do antigo dono, fez uns 50 (se tanto). O desgaste da cassete era mínimo ou até inexistente. Por isso funcionou bem.
No caso da Utopia, a corrente e a cassete eram originais, com cerca de 15 anos e mesmo muitos kms em cima.

Só tenho uma solução... Esperar pelo próximo Domingo para comprar uma nova peça e substituir a existente... Até lá, a Utopia voltará a ficar na bancada...

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Uma volta maior do que o normal


Para me redimir de ter estado uma semana inteira sem pedalar por Lisboa - as finalizações das últimas versões deixaram-me temporariamente sem porta bagagens - decidi fazer uma volta maior na pedalada habitual da manhã de Domingo...


Duro? Bastante!
Novos caminhos? Sim!
Valeu a pena? Sem dúvida!

Foi interessante ir para o lado oeste da Serra de Sintra que tanto evito por ter mais asfalto do que terra. No entanto, de vez em quando é bom fazer algo diferente.
Para terminar a volta fizemos a "famosa" estrada do Guincho, local predilecto de passeio de bicicletas de estrada e volta de Domingo para a família.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Umas idas às compras...


Após inventário, estava na hora das aquisições. Verifiquei nos websites e nas lojas físicas quais seriam as melhores hipóteses para o meu projecto. Separei as aquisições por duas lojas (na verdade três porque fui a duas Sport Zones diferentes). Acima está quase todo o material que adquiri. Para chatear, o selim que queria estava esgotado na Sport Zone de Cascais. Lá tive eu de esperar até segunda para ir na hora de almoço ao Vasco da Gama...


Marca: Berg
Preço: 6,99€
Unidades: 1
Local: Sport Zone Vasco da Gama
Utilizados anteriormente na Torah e depois na Trailrock. Pelo tempo que já os usei, acho que são a escolha certa para a Utopia. Comprei um par igual. LINK


Marca: Jagwire
Preço: 11,95€
Unidades: 2
Local: Decathlon Cascais
Para quê gastar mais dinheiro quando posso ter em conjunto? Este kit, que sai mais barato que comprar em separado, possui um cabo de mudanças, bicha de protecção e terminais serra cabos. LINK


Marca: Jagwire
Preço: 9,95€
Unidades: 2
Local: Decathlon Cascais
Exactamente igual ao anterior mas com cabos de travão (ligeiramente mais grossos).  Este kit, que sai mais barato que comprar em separado, possui um cabo de mudanças, bicha de protecção e terminais serra cabos. LINK


Marca: BTwin
Preço: 9,95€
Unidades: 1
Local: Decathlon Cascais
Corrente básica. Há uns tempos atrás, quando tive o problema do desviador da frente na Torah, tive também de comprar uma e foi esta a escolha. Nada a apontar de errado excepto o facto de trazer elos a mais para o que preciso. Antes de a montar irei tirar dois ou três para ficar com o tamanho ideal. LINK


Marca: BTwin
Preço: 9,95€
Unidades: 2
Local: Decathlon Cascais
Uma vez que esta bicicleta há de ser eléctrica, irá atingir velocidades QB elevadas e porque irei andar com toda e qualquer condição climatérica, achei que eram uma boa escolha. Pelo que li sobre este modelo, são bastante versáteis em diferentes condições. Basicamente, é o que estava à procura. LINK


Marca: BTwin
Preço: 9,95€
Unidades: 1
Local: Decathlon Cascais
Nada de fancy mas também não queria algo que fosse desconfortável. Além disso, é praticamente regra andar de luvas tanto pelo conforto como pela temperatura. Agora estamos no verão mas quando vier o inverno, têm mesmo de estar presentes - o que me leva a pensar que daqui a uns tempos terei de arranjar umas completas porque as que tenho não têm os dedos completos. LINK



Marca: Vittoria
Preço: 24,95€
Unidades: 1 (Kit duas unidades)
Local: Decathlon Cascais
Pneus de estrada eram uma obrigatoriedade! Nunca usei pneus deste estilo mas por razões óbvias (e pelas minhas pesquisas) o atrito é diminuído, o que permite atingir velocidades superiores com menor esforço. Além disso, esta bicicleta irá ser usada apenas em cidade. Nota positiva para a faixa reflectora em ambos os lados o que se tornará útil para as minhas pedaladas nocturnas (no inverno será uma constante). LINK


Marca: Berg
Preço: 14,99€
Unidades: 1
Local: Sport Zone Vasco da Gama
O banco é um teste. Tenho algumas reservas se será tão confortável como eu penso e quero. De uma forma ou de outra, o facto de ter uma área superior deverá aumentar o conforto sem por em causa a mobilidade. Apenas poderei dar feedback após o testar, uma vez que nunca usei selins deste tipo. Quanto ao link, devo dizer que não existe no site o selim que comprei. Estranho...