Para explicar ao que me proponho com este "novo" projecto, tenho primeiro de explicar uma pontas soltas que deixei nos últimos posts...
Q. Afinal que raio se passou com a Torah?
R. Esta é a pergunta mais óbvia a fazer. E a explicação é bastante lógica. Como indiquei antes, pensei bastante durante as férias sobre o que fazer e como avançar com os diversos projectos. A parte de Offroad já foi explicada. O que mudou com a Torah foi ter pensado que fazia mais sentido dá-la ao meu pai do que altera-la para eléctrica. As vantagens eram imensas e nunca me tinha apercebido disso! Venham de lá os famosos tópicos que uso a toda a hora:
- Dar o que posso a alguém que precisa - Algures no inicio deste blog, expliquei a situação laboral do meu Pai e o quanto ele gosta de pedalar. Falei também da sua velha bike, sem suspensão, com muitas folgas e pintura a pincel para evitar a ferrugem.
O correto a fazer era oferecer-lhe a Torah! E aqui está a explicação de continuar a vê-la todos os dias. Sempre que vou andar com ele, lá está a Torah em todo o seu esplendor, a servir o propósito para o qual foi criada (não por mim mas pelos fabricantes da Berg): Estar fora da estrada...
- Alterações técnicas mais complexas - Modificar a Torah para eléctrica iria dar-me umas quantas dores de cabeça que não tinha previsto inicialmente:
- Travões de disco vs. Motor eléctrico - Os motores que ando a ver, aplicam-se a uma das rodas, passando o eixo da jante, o motor. Todas as alterações que pesquisei, envolvem V-Brakes. Não digo que não fosse possível mas decerto que seria mais complicado. Adicionalmente, caso quisesse passar para V-Brakes, o quadro da Torah não estava preparado. Qualquer uma das saídas ia ser difícil...
- Peso já elevado - Só o quadro pesa muito. Mais os pneus, mudanças, travões e todos os acessórios necessários para a cidade iam pô-la muito pesada. Isto era exequível quando não tinha um motor, controlador e bateria. Já estão a imaginar eu a pedir ajuda para entrar e sair do comboio porque tenho um monstro de 30 kg?! Pois... Se calhar não era boa ideia.
- Quadro demasiado largo - Um quadro robusto é das melhores coisas que se pode pedir. Mas o da Torah é demasiado robusto! Para além da parte óbvia do peso, na cidade não tenho necessidade de andar com um "bicho" que foi feito para levar pancada da grossa.
- Adaptabilidade aos acessórios citadinos - Quando uma coisa não é criada com um determinado intuito, sirvo-me sempre da criatividade e algum engenho para dar a volta à situação. Mas isso tem o seu preço! Pode ser em estabilidade, peso ou mesmo design.
Q. Posto isto vais deixar o projecto cair por terra?
R. NÃO!! Nem pensar! O projecto da bicicleta eléctrica é uma das principais razões para a existência do VinhoSobreRodas! Se deixasse de existir, provavelmente aconteceria o mesmo ao blog... Acabava!
Q. Então como vais fazer? Como vais fazer o projecto andar?
R. No meio destas trocas e baldrocas sobrou uma bike não foi? Pois é! Será ela o meu objecto de estudo para as próximas semanas, a minha tela em branco e o meu passatempo!
Q. Como é que ela é? Em que estado está? Mostra mostra!
R. Apenas vou mostrar como estava antes de lhe mexer. Como era antes de passar para as minhas mãos. O trabalho que estou a desenvolver será gradualmente publicado, conforme o vá fazendo...
Proximamente, hei de por o meu plano de "implementação" "em cima da mesa" (leia-se num novo post). A única coisa que posso adiantar para já é que se vai chamar Utopia...
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