quarta-feira, 10 de junho de 2015

Diferentes visões, uma realidade...


10 de Junho, dia de Portugal, feriado nacional... Como passei a manhã? A pedalar claro está :)

Era também dia da Marginal sem carros. A ideia inicial, era as Senhoras da família (leia-se a Pikena, a Irmã e a Mãe) irem de carro até Carcavelos e andarem até Santo Amaro de Oeiras onde iria haver algo tipo aula de ginásio. Os "Gajos" (leia-se o Pai, o Cunhado e Eu), iríamos a pedalar desde casa e encontravamo-nos algures pelo caminho.

A ideia até que era interessante, excepto um pequeno (grande) detalhe...
Sou totalmente a favor destas iniciativas mas não gosto propriamente de participar nelas... Porquê? Porque devido a segurança, penso que não é propriamente boa ideia juntar as "famílias felizes" (leia-se os casais que levam os filhos de trotinete e nos seus pequenos triciclos) e ciclistas. Volto a dizer que totalmente a favor destas iniciativas ok? Simplesmente, para evitar algum acidente em que "atropelo" alguém por me estar a desviar de outra pessoa, não me meto lá no meio. Além disso, um dia espero vir a ter a minha própria "Família Feliz" e não gostaria mesmo nada de ser abalroado no meio da confusão...

Solução: Ir para outro lado onde desse para andar de bike e acompanhar ao mesmo tempo as senhoras que se juntariam a nós. Escolha de local: O Parque do Pisão na Serra de Sintra.

So far, so good!

O pessoal de bike arrancou às 8:00 de casa, para dar mais que tempo de chegar ao local. Depois disso, às 9:00, elas arrancariam de carro ao nosso encontro. E foi aqui que as coisas começaram a correr de forma estranha...

Já estávamos nós na barragem do Rio da Mula quando o meu telemóvel toca. No caminho até ao nosso encontro, a minha Irmã meteu a roda numa berma e furou um pneu. Estava a cerca de 3 Km de nós e separava-nos uma subida irritantemente longa. Metemo-nos de imediato ao caminho como "Cavaleiros" a trote! Mas de Bike... Seremos nós a versão contemporânea dos cavaleiros de outrora? Bahhh... Isso agora não interessa nada :)

Lá chegamos e ajudamos a trocar o pneu... Felizmente não houve direito a saídas de estrada, acidentes ou alguém ferido. Foi apenas um susto (e a conta de o trocar nos dias seguintes...).

Combinamos o ponto de encontro onde iriam estacionar o carro e lá seguimos os nossos caminhos separados até lá. Foi um percurso novo para mim, bastante acidentado mas fantástico para qualquer amante de BTT.

Apenas um pequeno aparte que será relevante mais á frente: Enquanto estávamos a subir para a barragem, vimos muitos, mas mesmo muitos carros estacionados á beira da estrada. Quando chegamos ao topo, percebemos o porquê (pela imagem penso que dá para ter a ideia de quantos carros estariam estacionados e seriam necessários para transportar todas estas pessoas...):


Fizemos a nossa progressão de forma lenta, acompanhando-as durante a hora seguinte.

Hora de nos separarmos: Elas seguiram o seu caminho até ao carro e nós seguimos para casa (era esse o ponto de encontro para de seguida irmos ter um belo repasto).
Cerca de 6 km depois, quase em casa, toca novamente o telemóvel... Mas desta vez não era um furo... Era o carro que tinha sido trancado por outro que achou que era dono e senhor da situação e que poderia estacionar a sua viatura de forma que os outros não pudessem sair...

Lá tivemos nós de voltar... Desta vez já de carro... Até chegarmos, tinham passado cerca de 30 min. Quando chegamos ao carro, vimos que não estava trancado por um mas sim por dois jipes...
Estavam lá já quatro pessoas a "guardar" a situação porque tinha todas as condições para correr mal. Houve discussão, palavras acesas mas no fundo algum bom senso (por mim não tinha havido mas isto sou eu que tenho mau feitio...)
A "Miss Dondoca", dona de um dos jipes, voltou, depois de ter terminado a sua caminhada (fazia parte da organização do enorme grupo da foto de cima), na maior das calmas, pediu desculpa com ar de quem não tivesse feito nada de mal. Disse-lhe umas belas verdades - que não vou detalhar - e lá tirou o carro... O dono do segundo jipe - estava a trancar o nosso e foi trancado pela Miss - já lá estava a cerca de uma hora...

Com isto tudo, teve-se de esperar cerca de duas horas desde o tempo que as meninas chegaram ao carro e a "Miss Dondoca" o viesse tirar, só porque estava algures numa caminhada...

Nota futura: Se não têm a certeza absoluta de quem é um carro, não o impossibilitem de sair... Desta vez, correu-lhe bem. Mas podia ter chegado, deparar com alguns vidros partidos ou os pneus furados... Posso ter mau feitio mas decerto que há pessoas bem piores que eu...


Coisas menos boas à parte, fica o percurso:


E agora vocês questionam-se: "Por que raio de carga d'agua deste o nome Diferentes visões, uma realidade... a este post? "
Simples :) Esta foi a minha visão... Ao chegar a casa, a Pikena pôs-se na blogosfera a retratar a experiência de passear na Serra... Acho que a visão foi bem diferente. Podem consultar AQUI.

É tão "castiço" que os mesmos acontecimentos tenham interpretações tão diferentes em função de quem as expêriencia :)

3 comentários:

  1. * Sou adepta de para uma próxima se fazer um "piquenique" à moda antiga! ;)*

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    1. Sou totalmente a favor... Mas tens a noção que por "moda antiga" se depreende levar a pasteleira de casa com a paparoca num cesto de vime? Eu estou totalmente disposto a isso :)

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